22.9.11

Perguntas difíceis!

Será que o mundo vai mudar mesmo?
As pessoas se tornarão mais amáveis, as empresas menos trogloditas, o consumo mais consciente, as crianças mais crianças e os adultos mais adultos?
Será que vamos acordar com um bom dia no trânsito, com alguém prá nos oferecer um café gostoso com  um beijo amoroso que deseja boa sorte?
Será que trocaremos competir por cooperar? Será que poderemos ouvir, atentamente, o que o outro diz, sem sequestrar-lhe a sua história, interrompendo?
Será que o meu chefe vai cumprir o que me prometeu? Será que vou poder confiar nos meus colegas de trabalho, contar com a sua parceria?
 Será que meu filho vai ser alguém destacado no mundo por ser ético, verdadeiro e, até um pouco tímido?
O mundo terá lugar para os que falam menos, para os mais discretos, para aqueles que preferem ouvir mais e falar menos?
Será que existirão salões de beleza sem mulheres gritando espalhafatosamente? Sem revista Caras, sem ataques ou crises de arrogância juvenil?
Será que as mulheres terão os mesmos cargos com os mesmos salários dos homens?
Será que os homens falarão dos seus sentimentos com naturalidade?
Será que haverá diálogo, olho no olho e beijo na boca de verdade?
Será que o meu vizinho vai me chamar para uma conversa no muro?
Será que alguém vai interromper a novela para ouvir do filho uma estória da escola?
Seremos menos culpados, mais corajosos e verdadeiros?
Diremos mais o que sentimos e menos o que ofendemos?
Seremos mais tolerantes  e das nossas bocas sairão palavras como eu te compreendo, conta comigo, vou te ensinar, me desculpe por não te ouvir, obrigada por me ajudar.
Vamos saber pedir ajuda? Vamos ajudar?
Teremos menos preconceitos?
Será que vamos dar risadas em qualquer lugar sem pensarem que somos irresponsáveis, superficiais ou infantis?
Vamos ser totalmente verdadeiros uns com os outros?
Será que o mundo vai mudar?
Será?

9.9.11

Você, a diferença na era da relação.


 
Conteúdos abordados na palestra do SINFAC - Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil - Factoring do Estado do Rio Grande do Sul

A era da relação pede o desenvolvimento de uma outra inteligência: a emocional. Isso significa ouvir mais, estar disposto a compreender o erro como uma forma de crescimento para a empresa e, o mais importante, aprender com o sucesso, além de despejar sobre a organização um olhar 100% humanista. Isso não quer dizer filantropia, ser “bonzinho” ou a perda da noção de lucro, absolutamente. Precisamos do lucro, assim como da respiração para viver. Ocorre que agora o lucro está atrelado ao humor das pessoas e da sua vontade/capacidade de se comprometerem com a empresa. Além disso, o tempo também é outro. Valorizar aqueles que ficarão 20 anos em uma mesma empresa já não pertence mais a esse mundo. Agora, em 05 anos o prazo já pode ter vencido, o profissional necessita de novos desafios, mesmo que seja dentro da mesma organização.  

Crescimento e Desenvolvimento 


Assim, quem é diferente hoje? Nos idos do toyotismo, eram as empresas que faziam mais com menos, as "lean organizations". Esse modelo olhou pouco para o ser humano por inteiro, vendo-o como alguém a serviço do trabalho apenas. É justamente nesse ponto que está o desafio: o equilíbrio entre produzir e desenvolver, ao contrário do produzir, crescer e até mesmo destruir. Nos novos parâmetros é preciso crescimento e desenvolvimento. Para crescer o indivíduo precisa comer, dormir, respirar, mas para desenvolver-se é necessária a relação com o mundo, com os outros. Para haver desenvolvimento é preciso ter noção das diferenças e aceitá-las, além de ampliar o olhar sobre a importância da presença de cada um no mundo. Um líder sustentável e positivo é o novo paradigma. Para fazer a diferença na era da relação é preciso trocar o "ou" por "e", ou seja, nós precisamos incluir, isso nos amplia e nos tira da mesmice do "ou" que nos leva a ver apenas as nítidas polaridades. Há muita coisa acontecendo entre o céu e a terra, entre o bem e o mal, entre o certo e o errado dos modelos que até agora nós confirmamos. Ver além dos extremos é poder trazer todo o ser humano para dentro da empresa, com suas fragilidades, incertezas e forças, a fim de poder constituir grupos verdadeiros que se unam pela cumplicidade e confiança. Não há coragem sem medo, nem sucesso sem fracasso, erro sem acerto. Está tudo muito junto. Compreender isso é fazer a diferença e adicionar o “E” ao dia-a-dia de cada um. 

4.9.11

Afinal, o que se leva dessa vida?

                                         Ontem uma pessoa me disse que estava muito cansada, de tudo, sabe? Queria sumir! Tipo desembarcar da vida, descer do trem do dia-a-dia e caminhar, com seu próprio ritmo. Quem dá o ritmo da vida da gente? A batuta pode estar na mão dos filhos, da empresa, do chefe, do shopping, da obrigação de consumir de tudo um pouco. Ritmo. Cada um tem o seu, mas parece que estamos todos marchando igual, alucinadamente. Tente responder diferente aquela pergunta clássica: "E aí ,trabalhando muito?" Responda: "Não, nem tanto, tudo tranquilo." O olhar de surpresa do outro é indisfarçavel. A gente precisa trabalhar muito, se estressar bastante, saber das trágicas notícias de manhã cedo ou bem na hora do almoço, demonstrar que está bem informado sobre a temperatura que vai fazer na próxima semana, precisa dormir pouco e dizer que tem dormido pouco, precisa pagar e não ir na academia e dizer que não tem conseguido nem malhar, precisa ir ao shopping sábado e se enlouquecer com o movimento, reclamando sempre.
                                     A mesma pessoa me perguntou: "Sabe qual o horário que eu tenho conseguido ir ao supermercado? Depois das 11 da noite." O uso automático do tempo está na mão de qualquer relógio.
                                    Afinal, para que correr tanto e para onde? Quem entra e caminha rápido na empresa pode passar que é mais competente do que aquele que entra devagar, cumprimentando as pessoas, dando atenção para um e outro. Cada um deve chegar na sua mesa com uns 3 minutos de diferença, mas o segundo aproveitou o tempo e vai ganhar mais inteligência emocional com isso. É possível olhar nos olhos do outro e conversar, gastando o mesmo tempo que não tirar os olhos do computador para "conversar".                
                                 Tempo é dinheiro! O tempo vale ouro! Ao contrário, o tempo é duro com a gente, pois não dá para voltar atrás. É como no mercado financeiro: depositar para sacar. Em todos os momentos da minha vida que eu dediquei um tempo com qualidade, tive retornos fantásticos. Qualidade é ouvir com atenção, interessar-se pelo outro, fazer perguntas e aceitar o silêncio do outro e o seu ritmo.
Sugiro não perder tempo com frescura! Vai lá e pede esculpas, dá um beijo, convida para uma conversa legal, agradece, elogia, faz uma gentileza, empresta o carro, gasta menos, faz um bolo ou um almoço bacana, dorme tranquilo e vive o presente. Amanhã nunca se sabe e ontem já passou! 
 Boa semana!