Chega um determinado momento de nossa carreira que começamos a fazer reflexões a partir da experiência que tivemos em anos de trabalho. Aí vem aquela sensação de que o dever ainda não está cumprido e que novos horizontes podem ampliar a nossa possibilidade de contribuir mais e melhor para o desenvolvimento das pessoas e do mundo.
“Zerar o taxímetro” tendo como conteúdo o conhecimento das estradas e trilhas percorridas, do mundo descoberto, dos inúmeros trabalhos realizados, das centenas de pessoas e empresas que se apresentaram durante esses anos para crescer e mudar é, no mínimo, uma vantagem e, no máximo, um privilégio da maturidade.
Esse momento que agora chega está associado à minha percepção sobre os dilemas, angústias, alegrias, frustrações e expectativas das centenas de lideranças que tenho acompanhado nas empresas e como alunos nos cursos de Pós-Graduação da ESPM -RS.
Qual será o caminho para desenvolver indivíduos em sua plenitude e auxiliá-los a utilizar os seus próprios recursos internos para fazerem a diferença na vida como um todo?
Identificada com o Instituto Ecosocial iniciei a Formação de Coaches com base nas práticas da Antroposofia. Aí vieram outras perguntas:
Como aprofundar o debate a partir do indivíduo enquanto um ser humano capaz de ter idéias, participar e desenvolver o mundo?
Como auxiliar as empresas a conectarem o humano, compreendendo as pessoas como seres capazes, independente de hierarquia, cor, posição social, opção religiosa ou sexual?
Como auxiliar lideranças e ampliarem o seu autoconhecimento e identificarem novas formas de gestão e de compreensão dos dilemas e das aspirações humanas?
Afinal, como Ser Humano?
Por acreditar que as respostas dessas indagações é que tornarão as empresas mais produtivas daqui para frente é que constitui a minha nova atividade profissional com a qual dou a todos as boas vindas: fios, linhas e agulhas como ferramentas para tecer a trama de uma sociedade de lideranças genuinamente humanas e responsáveis que cuidem de si, do outro, do trabalho, das empresas, do planeta e da vida como um todo.
E é por conta da certeza que essa tal de experiência me trouxe que sou capaz de afirmar que é muito simples possuir bons líderes nas empresas, basta desatar os nós de um cotidiano que nos leva a ter mais do que ser, a falar mais do que ouvir, a usar mais do que preservar, a valorizar o conhecimento de poucos e a desprezar a experiência de muitos. Todos nós podemos romper esses protocolos para obter melhores e sustentáveis resultados.
De agora em diante o meu caminho é integralmente constituído pela minha relação com tudo o que acredito e eu os convido, com muito prazer, para trilharmos juntos essa nova estrada.